segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Todo Fardo é incerto e desconexo ao que atraio para minha realidade



Todo Fardo é incerto e desconexo ao que atraio para minha realidade

Pareceu que o desejo refletiu-se em forma de consumo
Justo Hoje que nada faz sentir prazer


No poço sem rítmica da racionalidade
É onde exprimo-me após cada tiro
Faço-me de porco enrolado a um torço
E justo agora aos grito e sussurros
Enfrento malefícios por uma conduta imprópria; coletiva
Vejo em seus lábios o mesmo sorriso da Hiena
É o estranho prazer que sentes pela CARNE!


É sempre na madrugada que a coruja berra seus segredos
Quem a ver que viu, se esconde, sumiu!
Pássaro da noite
Cantas da galo em terras de lobo, infeliz
Rá! Sois um pinto, pobre ilusão, fanfarrão


É a cada tiro que morre a razão
É a cada tiro que sinto a solidão
É em cada ferida que prendo minha atenção
Sinto aquele velho zumbido agudo e o barulho urbano
Percebo que a cada momento as entranhas rompem a garganta


O Porco morre e o Grande Irmão está mais que satisfeito
Com a barriga arrastando no chão, bêbado e fumando
Cospe o tabaco do charuto na cara do silêncio
Rompe o tempo e qualquer auto-reflexão
E morre engasgado: com a cara escarrada e espatifada no chão.











Náusea - Fujifilm Superia 100


Joaquim Prado.

Um comentário:

Laykeu disse...

ei cara!
ADOREI esses versos...
tu é foda!
ahaha!
Fica bem. =*